Lançamentos durante o V Simpósio Internacional Edith Stein
A edição inaugural da Coleção “Obras de Edith Stein” contém escritos autobiográficos da filósofa, mártir e santa. Grande parte do livro se constitui do texto Vida de uma família judia (1933-1939), dividido nas seguintes seções: 1) Memórias de minha mãe; 2) História de nossa família: as duas irmãs mais novas; 3) Preocupações e tensões na família; 4) O desenvolvimento das duas irmãs mais novas; 5) Os anos de estudo em Breslávia; 6) Diário dos corações de duas jovens; 7) Anos de estudo em Gotinga; 8) Serviço no Hospital Militar de Weisskirchen na Morávia; 9) Encontros exteriores e decisões interiores; 10) O exame rigorosum em Friburgo.
Outros textos autobiográficos que integram a presente edição são: Uma contribuição para a crônica do Carmelo de Colônia: I. Como cheguei ao Carmelo de Colônia (1938); Curriculum Vitae (1916); Peça humorística para a festa de casamento de Erna Stein e Hans Biberstein (1920); Consagração ao Sagrado Coração de Jesus (1939); Testamento (1939); Oração ao Sagrado Coração de Jesus (1939).
Por fim, há também um texto escrito em 1949 por Erna Biberstein, a quem Edith era muito ligada.
Volume com textos muito instigantes para conhecer não apenas a exegese steiniana de Husserl e Tomás, mas também a história da fenomenologia e do tomismo/tomasianismo, bem como ainda possíveis vias de articulação entre fenomenologia e metafísica.
A busca dos fundamentos dos conceitos das ciências foi importante para Edmund Husserl desde o início de suas pesquisas lógicas e matemáticas. A revisão de suas questões filosóficas abre uma grande oportunidade de pensar a ciência a partir do horizonte fenomenológico. Na obra husserliana há uma relação de convergência entre os problemas epistemológicos e as questões do conhecimento em geral. Contudo, a história da filosofia da ciência nem sempre reconheceu a importância do pensamento husserliano para o esclarecimento do conhecimento científico.
Este livro é um resgate histórico do valor da obra de Husserl para a filosofia da ciência, filosofando a partir de seu pensamento e discutindo conceitos fundamentais para a epistemologia. A presente pesquisa é proposta como um subsídio para as pessoas que buscam esclarecer o conhecimento científico na perspectiva fenomenológica. A obra conta com prefácio do Professor Dr. Carlos Lobo (CFCUL, Universidade de Lisboa) e posfácio do Professor Dr. Ericson Falabretti (PPGF, PUC-PR).
No livro perpassam diferentes enfoques referentes a educação, a empatia e a formação do ser humano em suas diferentes dimensões. Para Edith Stein (1891-1942), a formação visa o processo integral do ser humano, a educação como processo educativo se enraíza na interioridade. Todo e qualquer ser humano necessita da relação com o outro para acessar ao mundo da cultura.As questões educativas são complexas e difíceis de serem resolvidas nos dias atuais, mas são também aquelas que mais empenham em qualidade de mães, pais, educadores, cidadãos, homens e mulheres. Os novos paradigmas educacionais nos últimos cinquenta anos, aprisionaram mentes de educadores e educandos e mudaram a relação com o mundo e com os outros seres humanos. A introdução de novas tecnologias e o acesso ao incremento do saber, os avanços tecnológicos, embora instigantes não conseguem responder a todas as perguntas e os desafios que assolam a humanidade.
Psicologia com alma: a fenomenologia de Edith Stein
O conjunto de textos ali apresentado aborda a fundamentação teórica para a construção de uma “Psicologia com alma”, aproximando o leitor da Antropologia Filosófica de Edith Stein nos temas considerados por ela como chave para essa empreitada. Ao mesmo tempo, os diversos autores apontam diretrizes para os profissionais do campo psi, em sintonia com os desafios próprios da atualidade:
- O problema da alma na obra de Edith Stein, por Juvenal Savian Filho;
- Corporeidade, sensações, sentimentos vitais e força vital, por Giovana Fagundes Luczinski;
- Força vital orgânica, psíquica e espiritual, por Maria Inês Castanha de Queiroz e Ursula Matthias;
- Motivação, vontade e liberdade, por Suzana F. Brasiliense Carneiro;
- Núcleo da pessoa, por Miguel Mahfoud.
Os textos reunidos na presente coletânea resultam da convicção de que as questões metafísicas, as que tocam a nossa compreensão de quem somos, qual a nossa relação com a realidade, com o mundo, com os outros, continuam sempre atuais, sobretudo na medida em que iluminam a nossa responsabilidade pessoal e intersubjetiva para com os outros e com o mundo comum. Os autores dos textos se propuseram a pensar estas questões a partir da fenomenologia de Husserl, para quem as questões metafísicas são as “últimas”, “mais altas” “supremas”, e equivalem às próprias questões ou “problemas da razão”, que, segundo a obra Crise das ciências europeias, implicam ideias e ideais “absolutos”, “eternos”, válidos “incondicionalmente”. Certamente se pode dizer que Husserl aspirou ao esclarecimento rigoroso e sistemático de todas as questões postas pela existência racional, mas a realização deste ideal de saber – a Ciência Universal e absoluta – é posta no infinito do devir intersubjetivo da humanidade. Não temos, portanto, uma Metafísica fenomenológica elaborada nos textos de Husserl, mas um ideal sempre mais refletido, esboços, projetos e, sobretudo, muitas questões metafísicas.
Os textos não tratam estritamente da concepção husserliana da metafísica, mas das questões que na fenomenologia de Husserl têm um alcance metafísico. Trata-se seja das questões preparatórias, que “de baixo” apontam a direção do pensamento a respeito das questões últimas, como a questão dos processos de constituição decisivos na relação entre a subjetividade e o mundo que decidem sobre a realidade do mundo e sobre como compreender a subjetividade, seja das questões que com todo o direito podem ser chamadas de “últimas”, como a questão de Deus e do sentido da existência.